Apesar de conhecidos, os golpes por telefone estão cada vez mais freqüentes, muitas vezes por falta de prevenção das vítimas. Normalmente, a pessoa recebe uma ligação e se desespera com a notícia de seqüestro de um parente. Ela segue as instruções do criminoso e paga uma determinada quantia. Logo após o pagamento, descobre que caiu num golpe. Embora a Polícia e as operadoras de telefonia estejam atentas a esses golpes, ações preventivas por parte dos usuários podem ajudar na diminuição desse crime. Por isso, a Delegacia de Defraudações (Defa), divulgou esta semana 10 dicas para evitar e desmascarar um golpe telefônico.
O objetivo da difusão das dicas é prevenir os cidadãos para que eles fiquem atentos e não caiam nos golpes. Listadas pela Defa, as dicas mostram os procedimentos mais comuns dos criminosos ao entrarem em contato com vítimas.
Com a popularização dos ‘falsos-seqüestros’, nos quais criminosos ameaçam a pessoa do outro lado da linha dizendo que estão com algum parente, a Polícia tem se empenhado cada vez mais para coibir este tipo de crime. O delegado titular da Defa, Lauro Coimbra, orienta as pessoas a sempre entrarem em contato com a Polícia Civil por meio do Disque Denúncia - 181.
Em alguns casos, os aparelhos de ‘bina’, dos telefones não são capazes de registrar o número suspeito. "Mesmo assim há possibilidades de se descobrir o número de onde se originou a ligação", afirma o delegado. "Em primeiro lugar, deve-se, junto à operadora, solicitar um procedimento denominado ‘conta reversa’, que detalha os números que ligaram para seu telefone. Em último caso, há ainda uma outra possibilidade, que é o pedido judicial de quebra de sigilo da conta", explica.
Confira as dicas
1 – Conheça os “scripts” mais comuns:
Embora varie nos detalhes, a história dos golpistas é sempre a mesma. Acompanhe as notícias sobre os golpes para se manter informado sobre as novas versões.
2 - Ligações a cobrar:
Se o interlocutor for desconhecido, desligue. Policiais e bombeiros não telefonam para informar sobre acidentes (a tarefa cabe aos hospitais), nem muito menos ligam a cobrar.
3 – Não ajude o suspeito dando-lhe informações
O nervosismo faz com que muita gente, sem perceber, acabe passando aos bandidos informações que serão usadas para pressioná-las. Em nenhuma hipótese revele nomes de parentes a desconhecidos pelo telefone.
4 – Cuidado com adesivos nos veículos e páginas de relacionamento na internet:
Adesivos com o nome da academia de ginástica, faculdade e informações pessoais em sites de relacionamento (Myspace, Hi5, Orkut) são preciosas fontes de informação para os bandidos. Evite e peça aos seus filhos para evitar esses procedimentos.
5 – Oriente aos idosos:
Tanto ou mais do que crianças e empregadas, são as pessoas idosas da família as mais vulneráveis à manipulação dos bandidos. Muitas vezes, por se sentirem sozinhas, elas podem prolongar conversas com desconhecidos e sem perceber passar informações para criminosos.
6 – Pare para raciocinar:
O pânico diante da possibilidade de um parente estar acidentado ou seqüestrado faz com que muitas pessoas deixem de tomar atitudes óbvias, como checar se a informação é verdadeira. As pessoas, que procuram à Polícia, relatam que muitas vezes deixam de ligar para o “seqüestrado” não porque são impedidas de fazê-lo, mas porque a idéia não lhes ocorre.
7 – Desobedeça:
Ligue para o suposto seqüestrado ainda que o bandido diga para não fazê-lo. Se conseguir contato, parte do problema estará resolvido. Se não, tente um amigo ou parente dele. A hipótese de um seqüestrador real fazer a ameaça de matar a vítima é remota – bandidos não vão matar a vítima e perder seu trunfo só porque o celular dela tocou. Cheque também os lugares possíveis em que o “seqüestrado” estaria naquele momento (academia, colégio, trabalho).
8 – Duvide do choro das vítimas:
Apelos chorosos de supostos seqüestrados têm sido usados com freqüência pelos golpistas. A Polícia sabe que raramente seqüestradores de verdade telefonam do mesmo lugar em que está a vítima, pois eles podem ser rastreados e ter o cativeiro descoberto.
9 – Desconfie de ligações longas:
As estatísticas baseadas em contato feito por seqüestradores reais indicam que cerca de 90% dos primeiros contatos telefônicos duram menos de um minuto. Por temerem ser rastreados, eles nunca fazem ligações longas.
10 - Notifique sempre o fato à Polícia:
Se você cair no golpe, não deixe de noticiar à Polícia. De posse das informações, principalmente o número de origem do telefone da chamada criminosa, ou o número da conta em que o “resgate” foi depositado, a Polícia pode identificar o criminoso e evitar que mais pessoas sejam vítimas dele.
*OBS. Leia também a matéria anterior: "Ipajm alerta aposentados sobre ações de golpistas" e confira outras dicas.
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