25/05/2008 21h00 - Atualizado em 04/05/2016 15h11

Delegacia de Defraudações divulga 10 dicas para evitar golpes pelo telefone

Apesar de conhecidos, os golpes por telefone estão cada vez mais freqüentes, muitas vezes por falta de prevenção das vítimas. Normalmente, a pessoa recebe uma ligação e se desespera com a notícia de seqüestro de um parente. Ela segue as instruções do criminoso e paga uma determinada quantia. Logo após o pagamento, descobre que caiu num golpe. Embora a Polícia e as operadoras de telefonia estejam atentas a esses golpes, ações preventivas por parte dos usuários podem ajudar na diminuição desse crime. Por isso, a Delegacia de Defraudações (Defa), divulgou esta semana 10 dicas para evitar e desmascarar um golpe telefônico.

O objetivo da difusão das dicas é prevenir os cidadãos para que eles fiquem atentos e não caiam nos golpes. Listadas pela Defa, as dicas mostram os procedimentos mais comuns dos criminosos ao entrarem em contato com vítimas.

Com a popularização dos ‘falsos-seqüestros’, nos quais criminosos ameaçam a pessoa do outro lado da linha dizendo que estão com algum parente, a Polícia tem se empenhado cada vez mais para coibir este tipo de crime. O delegado titular da Defa, Lauro Coimbra, orienta as pessoas a sempre entrarem em contato com a Polícia Civil por meio do Disque Denúncia - 181.

Em alguns casos, os aparelhos de ‘bina’, dos telefones não são capazes de registrar o número suspeito. "Mesmo assim há possibilidades de se descobrir o número de onde se originou a ligação", afirma o delegado. "Em primeiro lugar, deve-se, junto à operadora, solicitar um procedimento denominado ‘conta reversa’, que detalha os números que ligaram para seu telefone. Em último caso, há ainda uma outra possibilidade, que é o pedido judicial de quebra de sigilo da conta", explica.

Confira as dicas

1 – Conheça os “scripts” mais comuns:
Embora varie nos detalhes, a história dos golpistas é sempre a mesma. Acompanhe as notícias sobre os golpes para se manter informado sobre as novas versões.

2 - Ligações a cobrar:
Se o interlocutor for desconhecido, desligue. Policiais e bombeiros não telefonam para informar sobre acidentes (a tarefa cabe aos hospitais), nem muito menos ligam a cobrar.

3 – Não ajude o suspeito dando-lhe informações
O nervosismo faz com que muita gente, sem perceber, acabe passando aos bandidos informações que serão usadas para pressioná-las. Em nenhuma hipótese revele nomes de parentes a desconhecidos pelo telefone.

4 – Cuidado com adesivos nos veículos e páginas de relacionamento na internet:
Adesivos com o nome da academia de ginástica, faculdade e informações pessoais em sites de relacionamento (Myspace, Hi5, Orkut) são preciosas fontes de informação para os bandidos. Evite e peça aos seus filhos para evitar esses procedimentos.

5 – Oriente aos idosos:
Tanto ou mais do que crianças e empregadas, são as pessoas idosas da família as mais vulneráveis à manipulação dos bandidos. Muitas vezes, por se sentirem sozinhas, elas podem prolongar conversas com desconhecidos e sem perceber passar informações para criminosos.

6 – Pare para raciocinar:
O pânico diante da possibilidade de um parente estar acidentado ou seqüestrado faz com que muitas pessoas deixem de tomar atitudes óbvias, como checar se a informação é verdadeira. As pessoas, que procuram à Polícia, relatam que muitas vezes deixam de ligar para o “seqüestrado” não porque são impedidas de fazê-lo, mas porque a idéia não lhes ocorre.

7 – Desobedeça:
Ligue para o suposto seqüestrado ainda que o bandido diga para não fazê-lo. Se conseguir contato, parte do problema estará resolvido. Se não, tente um amigo ou parente dele. A hipótese de um seqüestrador real fazer a ameaça de matar a vítima é remota – bandidos não vão matar a vítima e perder seu trunfo só porque o celular dela tocou. Cheque também os lugares possíveis em que o “seqüestrado” estaria naquele momento (academia, colégio, trabalho).

8 – Duvide do choro das vítimas:
Apelos chorosos de supostos seqüestrados têm sido usados com freqüência pelos golpistas. A Polícia sabe que raramente seqüestradores de verdade telefonam do mesmo lugar em que está a vítima, pois eles podem ser rastreados e ter o cativeiro descoberto.

9 – Desconfie de ligações longas:
As estatísticas baseadas em contato feito por seqüestradores reais indicam que cerca de 90% dos primeiros contatos telefônicos duram menos de um minuto. Por temerem ser rastreados, eles nunca fazem ligações longas.

10 - Notifique sempre o fato à Polícia:
Se você cair no golpe, não deixe de noticiar à Polícia. De posse das informações, principalmente o número de origem do telefone da chamada criminosa, ou o número da conta em que o “resgate” foi depositado, a Polícia pode identificar o criminoso e evitar que mais pessoas sejam vítimas dele.

*OBS. Leia também a matéria anterior: "Ipajm alerta aposentados sobre ações de golpistas" e confira outras dicas.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Polícia Civil
Ruslana Barbosa Alves
Telefone: 3137-9024

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