16/04/2013 07h50 - Atualizado em 04/05/2016 15h18

Hospital Estadual em Baixo Guandu oferece novas cirurgias

Esse é o primeiro hospital administrado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) a ofertar esses procedimentos, descentralizando o atendimento à população.

Para a abertura do Serviço de Cirurgia Oftalmológica no Hospital, que inclui ambulatório para avaliação pré e pós-operatória, a Sesa investiu cerca de R$ 200 mil em compra de equipamentos, como um microscópio especial, instrumental cirúrgico específico e material de ambulatório. As duas primeiras cirurgias de piterígio foram realizadas com sucesso pela instituição, no último dia 6.

Existe demanda na Região Noroeste, sendo que a maioria desses procedimentos é realizada em serviços do SUS na Grande Vitória, por meio do Hospital das Clínicas, que é federal, e no Hospital Evangélico de Vila Velha, que é filantrópico e integra a rede complementar. A abertura do serviço é importante porque amplia e descentraliza o acesso a essas cirurgias e dará mais conforto aos pacientes que não precisarão se deslocar para fazer o procedimento, ressaltou o diretor administrativo da Unidade, Altair Antônio Ferreira.

CORPO ESTRANHO - Além das cirurgias oftalmológicas eletivas, sem urgência, o Hospital passou a atender situações de emergência. Casos, por exemplo, em que um corpo estranho - um cisco, uma faísca, uma sujeira - penetra no olho.

Os casos mais comuns que chegam ao pronto-socorro são relacionados a acidentes de trabalho em que uma faísca, por exemplo, pode penetrar no olho. Antes, esses pacientes eram avaliados por clínico geral, regulados pela Central de Vagas e encaminhados para o Hospital Silvio Avidos, em Colatina, para retirada do corpo estranho. Agora, isso não é mais necessário porque o Hospital conta com um cirurgião oftalmológico, relatou.

FLUXO - Para ter acesso ao serviço de cirurgia oftalmológica de pterígio, catarata ou glaucoma, o paciente deve ter passado antes por uma consulta com oftalmologista da rede SUS e ter diagnóstico com indicação de avaliação cirúrgica. Com o encaminhamento, o paciente leva ao Serviço Oftalmológico do Hospital, que providenciará o agendamento da avaliação pré-cirúrgica.

Este foi o caso das duas primeiras pacientes atendidas pelo serviço e que passaram por cirurgia para retirada de pterígio, conhecida como carne no olho (uma alteração na membrana transparente do olho). Antes do procedimento, elas passaram por avaliação prévia com o cirurgião Jetro Jardim, que confirmou a indicação cirúrgica, que foi agendada e realizada.

Eu tinha esse problema há mais de 20 anos e ficava com medo de ficar cega porque a carne no olho já estava perto do centro do olho e ficava arranhando. Eu não tinha condições de pagar por uma cirurgia dessas. Esse serviço aqui no Hospital de Baixo Guandu caiu do céu, graças a Deus. Eu fui muito bem atendida. Estou em repouso, me recuperando e já com atendimento pós-operatório marcado com o cirurgião, contou a paciente Maria Madalena de Jesus Silva.

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