O Espírito Santo, ao lado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, foi premiado graças a seu empenho no envio da base de dados ao Siscolo no ano de 2011. O Siscolo e o Sismama são sistemas informatizados gerenciados pelo DataSUS, do Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para auxiliar o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama.
Por meio deste sistema, são coletadas e processadas informações sobre identificação de pacientes e laudos de exames citopatológicos (preventivos) e histopatológicos (biopsia), fornecendo dados para o monitoramento externo da qualidade dos exames e, assim, orientando os gerentes estaduais e municipais do Programa sobre a qualidade dos laboratórios responsáveis pela leitura dos exames.
Para a referência técnica em Ações de Controle de Cânceres de Colo de Útero e Mama da Sesa, Albertina Maria Salomão Rocha, o prêmio é fruto de um trabalho conjunto entre Estado, municípios e laboratórios. “Ele mostra que a Sesa vem exercendo o seu papel de assessoramento dos municípios, tanto na área de treinamento, como gerencial, e também cobrando informações”, destaca.
O fluxo deste sistema de informações se inicia na Unidade da Saúde, quando a paciente realiza consulta e exame preventivo. O exame é encaminhado a um laboratório – são 15, ao todo, no Estado – que encaminha as informações para a Sesa e para os municípios, sendo posteriormente inseridas no DataSUS. O técnico operacional do Sistema de Informações Siscolo/Sismana da Sesa, Willys Rodrigues Pereira, explica que é realizado um grande controle destes dados além de cobrança dos laboratórios e municípios quanto às informações.
Os critérios de avaliação do Ministério da Saúde para avaliar os Estados são a qualidade da informação e a ausência de perda da mesma. No ano passado, foram registradas no Espírito Santo, por meio do Siscolo, 696 lesões de alto grau (que se não tratadas viram câncer), dos quais 66 foram confirmados após a biópsia. Foram também detectados 22 casos de câncer de colo de útero entre as capixabas que realizaram preventivo, dos quais 10 foram confirmados após biópsia.
“Quanto mais fazemos prevenção, maiores são as chances de detecção precoce. Quanto mais lesões de alto grau são encontradas durante os exames preventivos, maiores são as chances de tratamento pra evitar que uma lesão se transforme num câncer”, explica Albertina.
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